segunda-feira, janeiro 14, 2013

Renascimento

Posso chamar de desejo o que é inerente ao meu prazer?
Aquilo que simplesmente o é,
pela sua essência de bom moço
que esconde perversões secretas,
ditas a mim em confissões sussurradas
entre vergonha e vontade.
Não me surpreende visto que
seus olhos já te entregavam nos ambientes severos.
Como que gritassem a mim
que os tirassem daquela paisagem humana
e os levassem a bisbilhotar o paraíso dos deuses.
Ah! Pobre alma amordaçada no cotidiano,
jogar-te-ei nas profundezas do submundo,
onde ressuscitarás tendo Baco a sua direita
e Hades a sua esquerda a apadrinhá-lo.
Tornarás tu também um deus e
altares de carne serão erguidos
em louvor ao seu renascimento.

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